Era feita de Paz.
Saiu em busca do bem,
Caminhou em busca do amor,
Peregrinou por toda a cidade,
Intensificou sua meta
Nas tais coisas que são,
Importantes de verdade.
Atravessou fronteiras,
Procurou dentro e fora do país,
Viajou por todo o planeta,
Mas umas tais borboletas
Com suas asas de um claro azul,
Mudaram o rumo das coisas
Do sudeste, em direção ao sul!
Voltou num dia de sol a pino,
Asas murchas, bem cansadas,
A lucidez devagar sumindo,
Olhar tristonho,abatido,
Sofrido como quem perdeu a guerra,
Mesmo antes de tudo acabar,
Antes do sertão virar mar,
Antes, bem antes do fim chegar,
Era a Paz desistindo de tudo,
Era a esperança sumindo de fato,
Era um juramento que fenecia,
A esperança?
Dormia agora em berço esplêndido,
Onde o luxo e a soberba tão nobre,
Chicoteia sem dó, o lombo sofrido dos pobres,
Que com olhos vermelhos implora.
Mas o poder viola, abusa, apavora,
A Paz se esconde, acaba-se a alegria.
Ao saber que a Paz mundial,
É a mais pura e doce utopia!
Di Vieira